Thursday, June 08, 2006

"O que aconteceu ontem no Congresso não foi um ato reivindicatório, até porque não apresentaram pauta. O que nós vimos ontem não foi uma cena de democracia, foi uma cena de vandalismo. Foi uma cena de pessoas que perderam o limite da responsabilidade no trato da coisa pública", acrescentou.
Presidente Lula 07.06.06

O nosso presidente Lula falando sobre a invasão no congresso nesta terça feira. Hoje em reunião com algumas famílias do programa Ação Família - SP, o tema da reunião sócio-educativa era a saúde, mas em meio a um longo e proveitoso papo, surgiu de uma das pessoas (moradora de uma favela) a seguinte frase: “...o brasileiro é fraco, ele tem medo... temo que fazê como fizeram em Brasília... arrancar aqueles safado da cadeira... o povo tinha que se reuni e ir lá... daqui uns dias vai ser aqui... “ Analisando as falas do Presidente e da moradora da favela, vemos que estamos falando da mesma coisa com enfoques diferentes, daí podemos observar o quanto mudou o nosso presidente, ele fala que “foi uma sena de pessoas que perderam o limite da responsabilidade no trato da coisa pública” realmente, o discurso do povo não foge em nada disso, perderam o limite, pois a coisa pública tem sido tratada de maneira irresponsável pelo nosso governo e pelos políticos em geral, isso pode-se ver no descaso com a população sem terra, sem teto, sem saúde, sem educação, sem comida, sem respeito, sem segurança, sem emprego, sem cidadania e finalmente sem estômago! A frase do nosso presidente poderia ser usada por ele em outra ocasião a nosso favor, mas hoje a sua frase é usada do lado oposto, apenas trocando duas palavras então seria: “Foi uma cena de pessoas que perderam o limite com irresponsabilidade no trato da coisa pública".

Tuesday, June 06, 2006

LABERINTO

"os rato num são rato, parece jacaré, porque quando chove e alaga o barraco, nóis quase se afoga e eles sai nadando"
"us rato sobe pelos fio, até no 6º andar tem rato"

(depoimento de moradoras da favela e do cingapura "urbanização das favelas")

As madeiras foram trocadas por paredes, o chão de terra trocado por alvenaria, as janela enfim existem, os ratos e baratas foram herdados, os escadões foram trocados pelas escadarias enormes 1 andares, os becos e vielas trocados pelos enormes corredores que simulam os de um presídio qualquer, a iluminação da rua substituída pela penumbra, o abandono pelo descaso!
Hoje milhares de paulistas moram em aglomerados de prédios "populares" aonde continua existindo a droga, a violência, os ratos, as baratas, a prostituição e a fome!
As crianças continuam sem ter aonde brincar, sem ter laser, os jovens continuam tendo como distração as drogas, ou então como trabalho mesmo... as mulheres continuam sendo arrimo de família, e o homem a cada dia mais dispensável, principalmente com o envelhecimento.
Antigamente o mal da humanidade podia ser descrito como a incredulidade dos homens,, hoje se dá pela credulidade, pois todos tentam se apegar a alguma coisa para sobreviver, e infelizmente a maioria se apega a políticos, aproveitadores da politicgem e serviços de transferência de renda!

Thursday, June 01, 2006

MULHER DE AÇO
"as muié num podi nem ficá doente, se ficá o barraco cai"
(frase dita por uma senhora moradora da favela)

Essa é a realidade da nossa quebrada, a mulher sustentando a família, dando duro dia a dia, no tanque, no sol, no chão, no farol... os filhos em casa ou na da visinha, sem creche, sem laser, na rua, na viela ou na linha... linha de pipa, linha do crime, linha de pobre ou de tiro...
sem brinquedo, sem brincadeira, sem dormir, ontem a polícia invadiu aqui e ali... o som dos tiros tiraram o sono, o silêncio trás de volta o abandono, do governo das autoridades, do pai aonde está ??? quem é ??? Não tem diálogo, não tem conversa, nem amizade, não tem pressa... pra crescer, pra trabalhar, quem quer viver e sonhar.
E a mãe na batalha... 12, 13, 14 ... não importa, elas começam cedo, eles não tão nem aí, são elas quem seguram o B.O.